Israel anunciou neste sábado (1º) que concorda com o plano proposto pelo governo dos EUA para um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza durante a celebração da Páscoa e do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos como um período de autorreflexão e socialização.
A declaração foi emitida pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, imediatamente após o término do cessar-fogo acordado na Faixa de Gaza, que durou 42 dias.
"Após uma discussão sobre segurança presidida pelo primeiro-ministro Netanyahu e com a presença do ministro da Defesa, altos funcionários do Ministério da Defesa e da equipe de negociação, foi decidido que Israel aceitará o plano do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, para um cessar-fogo temporário durante os períodos do Ramadã e da Páscoa", disse o gabinete em comunicado.
O mês sagrado muçulmano do Ramadã deste ano começou ao pôr do sol em 28 de fevereiro e termina em 29 de março, enquanto o feriado judaico da Páscoa será celebrado de 12 a 19 de abril.
O plano de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que previa a libertação de reféns israelenses levados para a Faixa de Gaza em troca de palestinos feitos prisioneiros por Tel Aviv foi concluído neste sábado, e os próximos passos eram incertos. Segundo o gabinete de Netanyahu, neste momento é impossível superar as diferenças que levam à guerra entre as partes, por isso Witkoff optou pela proposta de estender a trégua temporária.
"Witkoff propôs este plano para estender o cessar-fogo depois de concluir que, neste estágio, não era possível superar as diferenças entre as partes para encerrar a guerra e que era necessário tempo adicional para negociar um cessar-fogo permanente", enfatizou o gabinete de Netanyahu.
O órgão acrescentou ainda que o novo plano inclui que Israel pode retomar as hostilidades após 42 dias, se considerar as negociações para um cessar-fogo permanente ineficazes.