O jornal cita um diplomata segundo o qual os europeus deveriam estar se planejando para o pior.
Observa-se que os diplomatas esperam que o aumento de cerca de 20.000 soldados americanos anunciado pela administração do ex-presidente dos EUA Joe Biden no início da operação russa na Ucrânia seja cancelado.
Um diplomata da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) também disse que "não ficaria surpreso" se, em algum momento, essas forças, destacadas em meio ao planejamento de contingência, retornassem à sua base na América.
Ele enfatizou, no entanto, que se elas deixassem a Europa, seria um "retorno à normalidade".
De acordo com o The Washington Post, os líderes europeus querem garantir que a retirada das tropas dos EUA da Europa não seja resultado de um acordo entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.
"O movimento de Trump em direção ao realinhamento com a Rússia alimentou o pesadelo europeu de Washington aceitar as exigências de Moscou e de a OTAN se afastar da Leste Europeu, em um acordo que deixa os vizinhos da Rússia vulneráveis antes que os europeus possam reforçar suas defesas", acrescenta o jornal.
Vale ressaltar que em meio à mudança da retórica dos EUA sobre suas forças na Europa, Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu, o maior partido no Parlamento Europeu, pediu que se comece a pensar na criação de um Exército europeu.
''Aqueles que olham para Washington devem se dar conta de que a Europa é uma só, e agora devemos nos armar de forma independente [...]. Muito tempo foi desperdiçado [...]. Precisamos fortalecer nosso próprio setor de defesa'', comentou Weber ao grupo de midiático Funke.