"Nós discutimos a situação em torno do Irã, sim. E concordamos em realizar conversas separadas sobre esse assunto", disse o diplomata a repórteres comentando relatos da mídia ocidental de que a questão iraniana havia sido levantada em Riad.
No entanto, Ushakov, que já atuou como embaixador russo em Washington, destacou que "até agora não houve nenhum sinal de qualquer acordo concreto de Washington sobre como e quando fazê-lo".
A repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou acredita que os Estados Unidos e o Irã devem resolver seus problemas através de negociações, e que a Federação da Rússia está pronta para fazer tudo em seu poder para alcançar isso.
No entanto, o porta-voz destacou que não pode confirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a oferta de seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de mediar as interações com Teerã.
À Sputnik, o parlamentar iraniano Ahmad Baksheesh Ardestani afirmou que espera que uma possível mediação russa "suavize a retórica dos EUA".
"Estamos em conflito com os EUA desde a Revolução Islâmica. Os EUA não conseguem nos oprimir, e nós não conseguimos nos livrar deles completamente", disse o deputado.
"Então, é claro, negociações são necessárias, e seria bom se [o presidente russo Vladimir] Putin suavizasse a retórica dos americanos em relação a nós."
Ardestani explicou que, diferente das demonstrações de poder norte-americanas para cima da França e da Ucrânia, o Irã não aceitará nenhum tipo de submissão. "Mas para negociar com o Irã os EUA teriam que elaborar uma outra abordagem. Não dá para falar conosco assim."
Segundo o deputado, o Irã tem três condições para negociações.
O Irã não negociará sob pressão;
Washington não deve impor limitações às pré-condições;
As negociações terão como base os princípios da justiça.