Diante disso, o parlamentar solicitou apoio de colegas no Congresso norte-americano para que sejam aprovadas sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que conduziu o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado orquestrada pelo grupo ligado ao pai de Eduardo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, após perder as eleições em 2022.
Além disso, McCormick declarou que a democracia brasileira vive uma "alarmante deterioração".
"O fato de Eduardo Bolsonaro, o deputado mais votado da história do Brasil e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ter sido forçado a buscar exílio nos Estados Unidos demonstra a alarmante deterioração da democracia no maior país da América do Sul. Enviamos uma carta à Casa Branca pedindo o uso da Lei Global Magnitsky para tomar medidas decisivas contra o juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil", defendeu.
O parlamentar também solicitou medidas contra "cúmplices" de Moraes, sem citar nomes, por violações dos "princípios democráticos e dos direitos humanos".
"Incentivamos fortemente nossos colegas no Congresso e no Senado a se juntarem a nós na assinatura desta carta em defesa da liberdade nesta nação de importância crucial", acrescentou.
A Lei Global Magnitsky foi aprovada em 2016 pelo Congresso dos EUA e permite sanções do governo a autoridades estrangeiras acusadas de atentarem contra os direitos humanos e suspeitas de corrupção. Entre as sanções permitidas pela legislação, estão o bloqueio de bens e contas bancárias no país, o cancelamento de vistos e a proibição de entrar em território norte-americano.
Eduardo Bolsonaro pede licença para morar nos EUA
Na última terça (18), o deputado federal Eduardo Bolsonaro anunciou que vai se licenciar do mandato parlamentar para continuar residindo nos Estados Unidos, onde está atualmente, e evitar uma suposta perseguição. O anúncio ocorreu uma semana antes do julgamento na Primeira Turma do STF que pode tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em sua postagem, Eduardo Bolsonaro disse que sua ida aos EUA tem como intuito focar "justas punições que Alexandre de Moraes e a sua gestapo da Polícia Federal merecem". O filho do ex-presidente afirma também que seu mandato parlamentar é usado pelo ministro do Supremo como "cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção, como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país".