O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem tensionando as cadeias comerciais globais com seu "tarifaço", anunciado na semana passada. Como forma de rebalancear os déficits e superávits comerciais do país, impôs uma tarifa de importação a diversas nações do mundo.
Ontem, contudo, o líder reverteu sua decisão, anunciando uma pausa de 90 dias na implementação das taxas diferenciadas. Em seu lugar, todos os países terão uma tarifa de importação padrão de 10%, com exceção da China.
Vista como principal oponente geopolítico, a gigante asiática viu seu percentual tarifário aumentar para 125%. Com o adicional de 20% relacionado à produção de fentanil, o total das tarifas de importação soma 145%.
A China foi um dos países que mais rápido respondeu às tarifas de Trump. Decidida pelo Conselho de Estado da República Popular durante esta semana, entra em vigor nesta quinta-feira (10) uma taxação recíproca de 34%.
A retaliação é tida como um desacato por Trump, sendo utilizada como justificativa para os aumentos sequenciais das tarifas contra a China.
Analistas repararam que a Rússia, sancionada desde 2022, ficou fora da lista de tarifas de Trump. Segundo o enviado especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, empresários norte-americanos estão interessados em retornar ao mercado russo.
Já o diretor do Comitê Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, destacou à imprensa que a ausência de tarifas contra a Rússia se deve ao processo de restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.