Panorama internacional

Chefe da delegação russa comenta postura de negociadores ucranianos: 'Autoridade limitada' (VÍDEOS)

Em entrevista ao programa da RT The Rick Sanchez Effect nesta segunda-feira (9), o chefe da delegação russa nas negociações de paz com a Ucrânia, Vladimir Medinsky comentou a nova postura adotada por Kiev nas conversas.
Sputnik
Segundo Vladimir Medinsky, a delegação ucraniana em 2022 parecia mais autônoma e disposta ao diálogo. Já em 2025, demonstrava maior restrição, assemelhando-se a executivos corporativos com autoridade limitada para tomar decisões.
Para o chefe russo, a mudança reflete o crescente grau de influência externa sobre as posições de Kiev em meio ao conflito.
Durante a entrevista, Medinsky voltou a criticar a ideia de um cessar-fogo sem o alcance de acordo de paz real que aborde as causas do conflito. Para a autoridade russa, a pausa sem resolver as questões "pode ser o fim do planeta".
"Com o tempo, a Ucrânia, junto com a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e seus aliados, vai tentar retomar essa área [que se tornou parte da Rússia ao longo do conflito com aprovação em referendos], e isso pode ser o fim do planeta. Isso será uma guerra nuclear", disse.
Principais pontos das declarações de Medinsky:
Representantes militares da Ucrânia nas negociações de Istambul, em 2022, demonstraram relutância em continuar os combates ou enviar mais tropas para o front.
Um acordo mutuamente aceitável entre Rússia e Ucrânia poderia ser alcançado rapidamente — caso o lado ucraniano priorizasse os interesses nacionais, em detrimento das orientações externas.
O principal obstáculo à paz seria a resistência da União Europeia em permitir que a Ucrânia firmasse termos favoráveis a si própria.
Um acordo de paz poderia ter sido assinado já em 28 de fevereiro de 2022, se a Ucrânia tivesse seguido um caminho mais independente.
Os termos oferecidos à Ucrânia em 2022 foram descritos como mais vantajosos do que os atualmente em discussão.
O presidente Vladimir Putin teria feito apenas pequenas alterações no rascunho do acordo debatido em Istambul, em 2022.
Após receber o rascunho do acordo em abril de 2022, Vladimir Zelensky permaneceu em silêncio por duas semanas. Nesse intervalo, foi visitado pelo então primeiro-ministro britânico Boris Johnson e por representantes do governo de Joe Biden.
Posteriormente, negociadores ucranianos informaram à parte russa que os parceiros ocidentais se opunham à finalização do acordo.
Nas conversas de Minsk, em 2015, a Rússia propôs conceder aos residentes do Donbass o direito de eleger seus próprios governadores — proposta que Kiev recusou.
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