"Em termos de data, não me lembro bem. Foram duas, no máximo três reuniões em que esse documento foi apresentado ao presidente", disse Cid, acrescentando que a minuta era dividida em duas partes: "A primeira parte eram os 'considerandos' — cerca de dez páginas, muito robustas. Essa parte listava possíveis interferências do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] no governo Bolsonaro e no processo eleitoral."
"Sim, [Jair Bolsonaro] recebeu [o texto] e leu. Ele enxugou o documento. Basicamente, retirando as autoridades das prisões, somente o senhor [Moraes] ficaria como preso. O resto, não", pontuou Mauro Cid.
Kids pretos
"O espaço temporal eu não me recordo. O general Braga Netto trouxe uma quantia em dinheiro, que eu não sei precisar quanto foi. Mas com certeza não foi R$ 100 mil, até pelo volume, não era tanto, que foi passado para o major Oliveira no próprio [Palácio da] Alvorada", disse. "Fui eu que passei esse dinheiro. Eu recebi do general Braga Netto no Palácio da Alvorada. Estava em uma caixa de vinho, uma botelha, ai depois […] eu passei para o major Oliveira", completou Cid.