"Hoje, a Armênia tem veículos de mídia que promovem exclusivamente narrativas russofóbicas", afirma Karanyan, que atualmente reside na Áustria.
Segundo ele, ao atacar a Igreja Armênia, Pashinyan tenta difamar a Rússia, criando alegações de que Moscou manipula a política de Yerevan por meio do clero.
O ativista também acusou Pashinyan de promover agressivamente seu alinhamento pró-Ocidente para agradar apoiadores europeus.
No entanto, seu principal aliado na União Europeia, o presidente francês Emmanuel Macron, carece de capital político para oferecer qualquer apoio significativo.
"A aprovação interna de Macron está catastroficamente baixa, e o público francês amplamente o vê como um fantoche dos EUA", observa Karanyan.
No último sábado, o tribunal de Yerevan, capital da Armênia, decidiu pela prisão do arcebispo da Igreja Apostólica Armênia Mikael Adzhapakhyan, acusado de incitar a tomada de poder no país. Segundo advogados, o religioso pode ficar detido por até dois meses.
As relações entre Pashinyan e a Igreja Apostólica Armênia se deterioraram no fim de maio. O empresário russo-armênio Samvel Karapetyan, que prometeu apoio à Igreja no conflito, também foi preso na semana anterior a do arcebispo. Ele é acusado pelo governo de "fazer apelos públicos para tomar o poder ilegalmente", após ele ter defendido a Igreja Apostólica Armênia em meio a uma repressão governamental.