"Ironicamente, essas tarifas provavelmente prejudicarão os consumidores e as empresas norte-americanas mais do que os ajudarão. Produtos importados da ASEAN, como roupas e eletrônicos, são essenciais para o consumo e a manufatura dos EUA. Além disso, muitas empresas norte-americanas transferiram a produção da China para o Sudeste Asiático em resposta às tarifas anteriores do primeiro mandato de Trump", afirmou a professora.
"Em contraste, para países como Camboja, Laos e Mianmar, o impacto é mais específico de cada setor, como vestuário e calçados, em particular, mas ainda assim é significativo porque esses setores são intensivos em mão de obra e constituem a espinha dorsal do emprego e da divisa. Também vale a pena notar que essas economias menores têm menos reservas para absorver choques externos", acrescentou a especialista.
"De fato, muitos Estados da ASEAN já começaram a explorar e fortalecer os laços comerciais com outras economias para se proteger desse tipo de incerteza econômica. Portanto, embora as tarifas sejam prejudiciais, elas também reforçam uma recalibração contínua em direção à diversificação", acrescentou.