"Se não conseguirmos colocar em vigor um acordo negociado ao longo de 25 anos, isso minará a credibilidade da UE em todo o mundo diante de novos acordos", declarou o chanceler alemão Friedrich Merz, em sua primeira sessão de escrutínio na Câmara dos Deputados.
Merz, que respondia a uma pergunta do deputado Tilman Kuban, da União Democrata Cristã (CDU), partido no poder, sobre o assunto, acrescentou que "pelo contrário, se conseguirmos colocá-lo em vigor, haverá um grande número de países interessados em firmar acordos semelhantes com a UE".
Após um longo período de negociações, o acordo de livre comércio entre os dois blocos foi assinado em dezembro do ano passado, na capital uruguaia, Montevidéu, na presença do comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
No entanto, governos de países como França e Polônia têm resistido à ratificação do acordo, argumentando que ele não inclui proteções para setores como a agricultura, que poderiam ser prejudicados pelo tratado.
Nesse sentido, diversas associações, bem como ativistas ambientais, também se manifestaram contra sua assinatura, alegando que o acordo beneficia grandes corporações e geraria mais poluição.