Em particular, Moraes disse que não "cederia a ameaças covardes e infrutíferas" e que pretendia "ignorar as sanções".
"Este tribunal cumpriu e continuará cumprindo sua missão constitucional ao ouvir e julgar os quatro principais casos do importante processo penal relacionado à tentativa de golpe de 8 de janeiro", disse Moraes, citado pelo portal g1.
Na quarta-feira (30), o Tesouro dos EUA incluiu Moraes na lista de restrições do departamento, acusando o ministro de "campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro", investigado nos processos da trama golpista.
Tarifaço tentou pressionar anistia
Também na quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras. A taxação, que excluiu cerca de 700 produtos, como suco de laranja e itens de aviação, entrará em vigor no próximo dia 6. Recentemente, o magnata norte-americano enviou uma carta ao homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pressionando-o a parar uma suposta caça às bruxas contra Bolsonaro.
Sobre as taxações, e sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro — filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos há alguns meses fazendo lobby contra o julgamento do pai —, Moraes declarou que o objetivo dos investigados é "provocar instabilidade e abrir caminho para um novo ataque".
"Assumem, inclusive nas redes sociais, a intermediação com um governo estrangeiro para impor medidas econômicas contra o Brasil, como a taxação de 50% dos produtos brasileiros nos Estados Unidos."