"A Rússia já não se considera limitada por nada. Consequentemente, considera-se autorizada, se necessário, a tomar as medidas apropriadas e a dar os passos correspondentes", justificou nesta terça-feira (5) o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
"Sergei Lavrov [chanceler da Rússia] tem criticado o que chama de 'ações desestabilizadoras do Ocidente', mas evitado também a retórica bélica direta, principalmente em relação aos EUA nesse contexto em que o presidente Donald Trump assumiu o governo", enfatiza.
"Então, ao tratar esse episódio com reserva e evitar também inflamar ainda mais o debate, a Rússia sinaliza que não deseja um confronto, como vem demonstrando desde o início das operações na Ucrânia", acrescenta.
Mísseis russos apenas 'se necessário'
"A presença deles por perto de qualquer fronteira aumenta a sensação de perigo imediato e acaba por reduzir a janela de resposta, o que elimina também o espaço para prudência em crises."
Sanções contra países que cooperam com a Rússia
"O governo Trump voltou a ameaçar países como Índia, mas também como China, por cooperarem com a Rússia comercialmente. E, claro, Moscou já criticou essas tentativas como ilegítimas tentativas de forçar a ruptura das relações comerciais, algo que o Trump vem pondo em prática desde o início da sua política tarifária, e que, claro, demonstra também uma estratégia dos Estados Unidos de pressão indireta", afirma o especialista.