Veja os principais fatos sobre o lugar do encontro coletados pela Sputnik:
O Alasca, o maior e mais setentrional estado dos EUA, foi descoberto por uma expedição russa em 1732, tornou-se uma possessão russa e foi vendido aos Estados Unidos em 1867;
A proximidade entre Alasca e Rússia é evidente, com apenas 86 km separando-os pelo estreito de Bering e a fronteira passando entre ilhas a menos de 4 km de distância. Embora antes existissem voos diretos entre Petropavlovsk-Kamchatsky e o Alasca, atualmente não há mais essas conexões;
A venda do Alasca continua sendo tema de debate, com autoridades russas sugerindo que Washington poderia vendê-lo de volta à Rússia a preço de mercado em resposta à proposta de compra das ilhas Komandorskie.
Confira os principais destaques sobre o encontro de Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca:
Ao anunciá-la, Donald Trump descreveu a reunião como "muito aguardada";
O assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, afirmou que os preparativos para o encontro seriam "difíceis" e que os presidentes se concentrariam em discutir um acordo na Ucrânia;
Moscou espera que o próximo encontro entre Putin e Trump após o Alasca aconteça na Rússia;
Vladimir Putin se tornará o primeiro líder russo a visitar o Alasca;
O governador do Alasca, Mike Dunleavy, discutiu a reunião com a Casa Branca, mas não se sabe exatamente onde ela ocorrerá, informou o gabinete do governador à Sputnik;
O Alasca está pronto para sediar a cúpula, afirmou Dunleavy;
Uma senadora do estado norte-americano expressou a esperança de que o encontro entre Trump e Putin leve à paz na Ucrânia;
O diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kirill Dmitriev, considerou o Alasca o lugar ideal para essa cúpula histórica entre os líderes russo e americano;
A reunião provavelmente ocorrerá em Anchorage e não há previsão de haver problemas de segurança, relatou o Centro de Segurança e Resiliência do Ártico da Universidade do Alasca à Sputnik.
O assessor da presidência russa destacou que o lado norte-americano anunciou um acordo para organizar a reunião entre Putin e Trump no dia de 15 de agosto no Alasca e disse que isso é lógico.
"Rússia e Estados Unidos são vizinhos próximos, fazendo fronteira um com o outro. E parece bastante lógico que nossa delegação simplesmente atravesse o estreito de Bering e que uma cúpula tão importante e antecipada dos líderes dos dois países seja realizada no Alasca", ressaltou.
Segundo o representante do Kremlin, os líderes se concentrarão em discutir opções para alcançar uma solução pacífica de longo prazo para a crise ucraniana, e Moscou e Washington dedicarão os próximos dias a trabalhar ativa e intensamente nos parâmetros da próxima reunião, o que não será um processo fácil.
Dessa forma, continuou, a próxima cúpula pode ser realizada na Rússia, o convite já foi estendido a Trump, enquanto no Alasca e no Ártico os interesses econômicos dos dois países se cruzam com as perspectivas de implementação de projetos de grande escala.
Além disso, apontou Ushakov, Putin se tornará o primeiro líder russo a visitar o Alasca, onde deve se encontrar com Donald Trump em 15 de agosto.
Nikita Khruschev, Leonid Brezhnev, Mikhail Gorbachev, Boris Yeltsin e Dmitry Medvedev já haviam visitado os Estados Unidos, mas nenhum deles havia viajado para o maior estado do país historicamente ligado à Rússia.
O Alasca, sublinhou, fica a apenas 86 quilômetros de Chukotka, do outro lado do estreito de Bering, o que o torna um local conveniente para negociações, dados os interesses econômicos comuns e a história das regiões.
A cúpula Rússia-EUA
Na quarta-feira (6), Putin recebeu o enviado especial de Trump, Steven Witkoff, no Kremlin, e a conversa durou mais de três horas. Por meio do representante norte-americano, os líderes dos países trocaram sinais sobre a Ucrânia, e também foram discutidas perspectivas para o desenvolvimento da cooperação estratégica entre Moscou e Washington.
Na quinta-feira (7), Ushakov anunciou que as partes concordaram em realizar uma cúpula entre Putin e Trump nos próximos dias.
Witkoff também levantou a ideia de um encontro trilateral entre os presidentes e o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, mas Moscou deixou isso sem comentários, explicou Ushakov.