Panorama internacional

Descontente com aproximação de Trump a Putin, deep state poderia auxiliar Kiev em falso ataque?

De acordo com um analista ouvido pela Sputnik Brasil, a preocupação de Kiev de que os Estados Unidos diminuam ainda mais seu apoio à Ucrânia pode levar a algum tipo de provocação com o intuito de atrapalhar o encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump.
Sputnik
A informação, revelada pelo Ministério da Defesa da Rússia nesta terça-feira (12), sobre planos do regime de Kiev para um ataque de bandeira falsa à população ucraniana, com o intuito de atrapalhar a cúpula entre Putin e Trump, acendeu o alerta em Moscou.
De acordo com a pasta, o serviço secreto da Ucrânia deslocou um grupo de jornalistas estrangeiros para Chuguev, na região de Carcóvia, com o suposto objetivo de mostrar a vida de moradores em uma cidade na linha de frente do conflito. Com a presença da imprensa no local, o governo ucraniano atacaria alvos civis de sua própria população, como hospitais ou áreas residenciais, com drones e mísseis, com o intuito de culpar Moscou pelo ato.
Em entrevista ao programa Entretanto, da rádio Sputnik Brasil, o analista de geopolítica Rafael Machado ressaltou a preocupação ucraniana diante da possibilidade do encontro, podendo ver as ajudas americanas diminuírem ainda mais.
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Porém, segundo o estudioso, as preocupações não vêm especificamente apenas do regime de Kiev. Há setores entranhados na burocracia americana, membros do chamado deep state (Estado profundo), que, pró-Ucrânia, não estariam vendo com bons olhos a cúpula entre os líderes russo e estadunidense.

"Apesar de o Trump ter essa disposição de dialogar com a Rússia, de talvez, inclusive, chegar a uma solução pacífica para o conflito ucraniano, nem todos os setores políticos dos Estados Unidos concordam com isso", comenta.

Machado acrescenta que uma provocação ucraniana poderia, inclusive, "contar com a colaboração de elementos da inteligência dos Estados Unidos descontentes com essa aproximação do Trump em relação à Rússia".
Conforme ressalta, não seria algo inédito na história americana. "Na verdade, historicamente, tem sido muito comum que, por exemplo, a CIA atue fora das ordens da presidência dos Estados Unidos. Não se poderia, também, duvidar da possibilidade de alguma colaboração de determinados setores do deep state dos Estados Unidos com alguma provocação ucraniana".
Já para o especialista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil Robinson Farinazzo, mesmo com a probabilidade evidente de algum evento planejado pelas forças ucranianas para atrapalhar a cúpula, "nada vai alterar o rumo das coisas".
Putin e Trump terão um encontro de alto nível na próxima sexta-feira (15), no Alasca. A cúpula foi confirmada tanto pela Casa Branca quanto pelo Kremlin.
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