McGowan apontou que os protestos na capital do Reino Unido são resultados da insatisfação do povo britânico com a situação deplorável com a liberdade de expressão e a imposição da cultura "woke" no país.
Segundo o cientista, a manifestação contou com a presença de líderes da Igreja e membros da comunidade cristã, bem como aqueles que estão apenas preocupados com as mudanças na sociedade.
"Também se vê isso na popularidade do partido Reform UK, cuja avaliação já é de cerca de 27%. Em grande parte, essa tendência é semelhante aos valores do movimento MAGA [sigla em inglês para 'Faça a América Grande Novamente'], do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os participantes do movimento se consideram patriotas que defendem o país", ressaltou.
Então, continuou, os protestos não estão ligados diretamente ao ativista anti-imigração britânico, Tommy Robinson, mas ao aumento de pessoas insatisfeitas com a imigração, liberdade de expressão e a ideologia "woke", vendo isso como ameaça à cultura britânica.
A maioria dos participantes do comício não tem ligação com os movimentos de extrema direita britânicos.
Neste contexto, o especialista previu um aumento adicional no número de tais eventos em todo o país, pelo qual será possível julgar a escala da "revolução" que está amadurecendo.
Assim, finalizou o interlocutor da agência, será muito difícil para o governo britânico lidar com a situação.
No sábado (13), mais de 110 mil pessoas participaram em Londres da marcha Unite the Kingdom (Unir o Reino), liderada por Tommy Robinson e marcada por fortes confrontos com a polícia e discursos anti-imigração.
Com apoio do empresário estadunidense Elon Musk, o protesto expôs a crescente tensão social no Reino Unido, onde o tema da imigração domina o debate político.