"Temos uma empresa privada brasileira trabalhando em consórcio, trabalhando em conjunto com a [estatal russa] Rosatom, para desenvolver um microrreator brasileiro. E isso é muito importante, financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos, que é a nossa Finep."
"Inclusive enriquecemos o urânio até 20% […], o que é bastante mais do que os 5% necessários para tocar uma usina nuclear. O Brasil, então, tem todo um escopo de tecnologia, de conhecimentos e de engenharia que precisa preservar e continuar a desenvolver."
Usina de Leningrado
"É uma usina bastante complexa, com uma potência muito significativa. Mas ela é uma usina também parecida com as de Angra 1 e 2, que nós temos aqui, que a gente visita com alguma frequência […]. E eles estão ampliando aquele sistema térmico nuclear. E o que nós precisamos fazer aqui é concluir a nossa obra de Angra 3. Eu acho que, inclusive, a usina de Leningrado é bem parecida com o contexto que nós temos ali em Angra, com Angra 1, 2 e agora 3, que já tem 63% construídos."
Angra 3
"Esses 37% ainda faltam, e há ainda um recuo do governo na direção de implementá-lo. Então a gente tem esse problema para vencer, e, portanto, não há ainda nada em relação a outras usinas nucleares definido. Esse projeto, de fato, é uma coisa que não é tão simples de decidir, muito em função das dificuldades que o Brasil atravessa neste momento […]. Mas o que a gente acredita é que, à medida que empresas privadas, como a Núcleo e outras, se interessem pelo desenvolvimento de pequenos e médios reatores, de pequenos e microrreatores, a gente avançará nessa direção", concluiu.