O levantamento foi conduzido na Dinamarca, Alemanha, Itália, Espanha, Lituânia, Países Baixos, Polônia, Romênia e França, país que vive um acirramento da crise política do governo Emmanuel Macron nos últimos meses.
Na Dinamarca, a maioria dos entrevistados demonstrou confiança de que a economia nacional permanecerá estável ou continuará crescendo (48%). Apenas 23% se declararam pessimistas, prevendo uma recessão ou crise econômica.
Nos demais países, o número de pessoas que esperam uma recessão supera — ou, no melhor dos casos, iguala — o daqueles que acreditam em crescimento econômico.
A pesquisa foi realizada entre 23 de setembro e 7 de outubro, com pelo menos mil participantes adultos em cada país. A margem de erro não foi informada.
Situação na Europa e ameaça à estabilidade global
No início do mês, um relatório da Roscongress mostrou que, nos próximos anos, os países europeus podem enfrentar crises da dívida capazes de abalar o sistema financeiro mundial, com riscos especialmente elevados na França e na Itália.
Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), nenhuma das principais economias europeias seguiu, nos últimos 40 anos, a chamada Regra de Bona. Essa norma prevê que aumentos da dívida pública no passado devem ser compensados sistematicamente por superávits orçamentários presentes e futuros, a fim de alcançar uma sustentabilidade.
"O alívio da armadilha da dívida dependeria de cortes de gastos e aumento da arrecadação, mas ambos os caminhos são difíceis para os países da União Europeia", afirmam os autores do relatório.
A intensificação da fragmentação geoeconômica e a incerteza política interna criam riscos significativos para as perspectivas das economias europeias. Além disso, o aumento das tarifas dos EUA já começou a enfraquecer a demanda externa.