Panorama internacional

UE enfrenta escassez crítica de soldados para apoiar a Ucrânia, alerta diplomata britânico

Os europeus não serão capazes de enviar seu contingente militar para a Ucrânia devido à falta de efetivo nas fileiras de seus próprios exércitos, afirmou o diplomata britânico Ian Proud em entrevista ao canal do YouTube do professor da Universidade de Helsinque Glenn Diesen.
Sputnik
O político britânico fez uma breve avaliação da capacidade dos principais exércitos da UE de fornecer assistência militar à Ucrânia em termos de pessoal.
Falando sobre a Polônia, o observador afirmou que os poloneses não enviarão suas tropas, mesmo tendo um dos maiores exércitos da União Europeia e gastando mais de quatro por cento do PIB em defesa. "Afinal, os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) evidentemente não possuem tropas suficientes", acrescentou o especialista.
Quanto à França e ao Reino Unido, Proud também expressou dúvidas sobre a disponibilidade de tropas suficientes. As possibilidades da Alemanha foram igualmente avaliadas com pessimismo, porque os alemães hoje têm seus próprios problemas econômicos.

"Se pudéssemos reunir dez mil pessoas, teríamos sorte. No passado, até desistiríamos de alguma coisa nessa linha", reconheceu o especialista.

O diplomata destacou que a única maneira de resolver o conflito é o encerramento das ações militares e a conclusão da paz com a Rússia.
No final de outubro, o portal Euractiv informou, citando o chefe do Comitê Militar da UE, Sean Clancy, que as discussões sobre um possível envio de instrutores militares à Ucrânia foram retomadas pela UE. Essas discussões ocorrem no contexto das tentativas norte-americanas de incentivar uma resolução pacífica para o conflito.
A publicação ressalta, no entanto, que Bruxelas não adotará qualquer medida até que sejam atendidas as condições necessárias para o envio dos militares, sendo o cessar-fogo uma delas.
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia tem enfatizado consistentemente que qualquer cenário que envolva o deslocamento de tropas de países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia é inaceitável e pode resultar em uma significativa escalada do conflito. Moscou classificou as declarações sobre um possível envio de contingente militar como um incentivo à continuação das hostilidades.
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