A declaração ocorre após protestos organizados por grupos de jovens da Geração Z contra seu governo e a violência imposta por carteis de drogas, neste fim de semana, que acabou em confronto com forças de segurança e centenas de feridos.
Durante a marcha houve palavras de ordem e reivindicações do movimento pela ativação desse processo constitucional. O mecanismo de participação popular está previsto na Constituição e foi proposto pelo antecessor de Sheinbaum e seu aliado, Andrés Manuel López Obrador.
"A revogação de mandato é uma bandeira nossa; quem a propôs foi o presidente López Obrador, ele a levou para a Constituição e, claro, eu vou me submeter à revogação de mandato, porque é isso que a Constituição diz. Além disso, nunca seremos um fardo para o povo, nunca", declarou a mandatária, em sua coletiva de imprensa matutina.
A mandatária ressaltou que em 2027 haverá eleições intermediárias, as quais serão um termômetro de como o país se encontra. "Será um ano agitado [...] Que o povo diga o que quer!", acrescentou ela, que tem mais 70% de aprovação popular, segundo pesquisas nacionais.
A revogação de mandato foi um projeto impulsionado pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), incluído na Constituição mexicana em 2021 e realizado pela primeira vez em 2022.
No protesto, os manifestantes entoaram palavras de ordem contra a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o partido governista Morena, e exigiram justiça pelo assassinato de Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, Michoacán, em 1º de novembro.