Israel foi o primeiro país a reconhecer oficialmente a República da Somalilândia como Estado Independente, nesta sexta-feira (26). O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da república autoproclamada, Abdirahman Mohamed Abdullahi, firmaram uma declaração conjunta de reconhecimento.
Após um comunicado da chancelaria Egípcia, o ministro das Relações Exteriores, Badr Abdelatty, manteve conversas telefônicas com seus homólogos da Turquia, Somália e Dijibuti
"Os ministros afirmaram sua rejeição total e condenaram o reconhecimento e enfatizaram seu pleno apoio à unidade, soberania e integridade territorial da Somália", diz a nota.
O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Yusuf, também rejeitou quaisquer iniciativas destinadas a reconhecer a República da Somalilândia como um Estado independente, segundo um comunicado publicado no site da União.
"O presidente da Comissão rejeita firmemente qualquer iniciativa ou ação destinada a reconhecer a Somalilândia como uma entidade independente”, afirmou o comunicado.
A Somália deixou de existir como Estado único em 1991, depois da queda do ditador Mohamed Siad Barre (1919-1995). O único poder reconhecido internacionalmente é o governo federal que controla a capital somalí, Mogadíscio e outras regiões.
As demais regiões da Somália são controladas por formações não reconhecidas ou por territórios autogovernados.
No norte do país encontra-se a autoproclamada República da Somalilândia, que a comunidade internacional considera parte da República Federativa da Somália. Também região está Puntlândia, que em 1998 declarou sua autonomia.
Somalilândia tem governo próprio, eleições, moeda, mas não era reconhecida por nenhum país membro da ONU, devido ao respeito pela integridade territorial da Somália e à instabilidade na região.
A Somália começou a enfrentar problemas de controle geral sobre o território no início dos anos 1990, com a queda do governo de Siad Barre. A única autoridade legítima do país é reconhecida pela comunidade internacional como o governo federal, que controla a capital Mogadíscio e várias outras áreas.
Segundo a nota, o presidente da Comissão reiterou o compromisso inabalável da União Africana com a unidade, a soberania e a integridade territorial da Somália.