As audiências foram conduzidas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que mais cedo decretou a prisão domiciliar de dez condenados.
A lista de alvos é formada por sete militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal, o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão estabelece o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega dos passaportes e a proibição de contato entre os réus. Também ficam vetados o uso de redes sociais e o porte de armas.
Um deles, Moretzsohn Rocha, já é considerado fugitivo pela Polícia Federal. Ao tentarem cumprir o mandato de prisão domiciliar, agentes da PF não encontraram o ex-presidente do IVL em sua residência, sendo informados que havia se mudado.
Ao contactarem sua defesa, foram informados que ele se recusou a fornecer um novo endereço aos advogados. Moretzsohn Rocha havia sido contratado pelo Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, para criar um estudo que contestasse a veracidade da apuração das urnas eletrônicas.
A decisão de Moraes se deve para evitar novas tentativas de fuga, como aconteceu nesta sexta-feira (26) com o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, onde foi detido no Paraguai após fugir do Brasil e tentar embarcar para El Salvador com um passaporte falso. O ministro do STF citou em sua decisão também o caso do ex-deputado federal Alexandre Ramagem, que conseguiu fugir para Miami (EUA).
O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, também não foi cumprido. Ele viajou para a Bahia, mas se comprometeu a retornar para Goiânia e iniciar o cumprimento da medida.