O documento afirma que La Paz “condena a interferência dos EUA nos assuntos internos da Venezuela”, que constitui “uma violação da soberania e do direito de autodeterminação do povo venezuelano”. “Bolívia convida os Estados Unidos a desistir da sua política intervencionista do passado e a entender que somente através do diálogo e do respeito ao direito internacional será possível alcançar resultados e o bem estar dos povos”, diz o comunicado da chancelaria boliviana.
Bolívia manifestou apoio ao “presidente Nicolás Maduro, eleito de modo legítimo” e “solidariedade ao povo venezuelano nesse momento difícil”.
Além disso, na quinta-feira, uma manifestação em defesa da Venezuela foi realizada na capital boliviana, que terminou em frente à embaixada dos EUA.
Uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores da Unasul está para ser realizada em 14 de março em Quito, no Equador, para discutir a situação na Venezuela.
Nesta segunda-feira, Washington suspendeu o visto de sete funcionários do governo venezuelano e congelou seus bens em território dos EUA. Também foi decretado pela Casa Branca, que a Venezuela representa uma “ameaça incomum e um problema extraordinário para os Estados Unidos”.
Reagindo ao fato, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai pedir ao Parlamento a aprovação de uma lei que lhe conceda poderes especiais para legislar por decreto contra o que ele chama de imperialismo no país.
Nas últimas semanas, os chanceleres da Unasul, alinhados com a Venezuela, se manifestaram em defesa da soberania da nação sul-americana e ofereceram seu apoio ao governo de Maduro.