Putin teria dito que isso lhe foi proposto durante as conversações em Minsk em fevereiro. "Ele (Poroshenko) me disse diretamente: ‘Fique com o Donbass’. Respondi-lhe: Você está louco? Eu não preciso deo Donbass! Se você não precisa dele, declare-o independente”, relata a Forbes creditando o conteúdo a sua fonte.
Em seguida, o presidente russo disse que as autoridades ucranianas não estão dispostas a ceder Donbass. Se eles não estão prontos, Putin supostamente acrescentou, “eles devem então pagar as pensões dos moradores e os benefícios sociais, além de restaurar o sistema bancário da região”.
A Forbes afirma que um dos participantes da reunião, que pediu para seu nome não ser revelado, confirmou que Putin contou o diálogo com Poroshenko, mas alegou que ele havia dito algo um pouco diferente. "Poroshenko propôs à Rússia ficar com o Donbass para garantir o apoio financeiro à região". Putin disse que isso só seria possível se Donbass se tornasse parte da Rússia. Enquanto o Donbass for parte da Ucrânia, todos os pagamentos serão feito pelo lado ucraniano".
O chefe da União de Industriais e Empresários da Rússia, Aleksandr Shokhin, disse que as palavras de Putin tinham sido mal interpretadas e distorcidas. "A conversa foi sobre a relação entre a Rússia e a Ucrânia, sobre a adesão aos acordos de Minsk, mas eu não vou recontar. Esta foi uma interpretação errada e eu não tenho nenhuma intenção de tecer qualquer comentário sobre ela ou recontar isso", acrescentando que foi uma reunião fechada.
"Francamente falando, aqueles que estão criando um celeuma com os jornalistas estão agindo, para dizer o mínimo, de forma inadequada. E eu vou transmitir isso aos meus colegas", disse Shokhin.
Kiev também foi rápida para apresentar a sua versão da conversa. O porta-voz do Ministério do Exterior ucraniano, Yevhen Perebyinis, twittou que o presidente ucraniano, na verdade, disse que isto significava que a Rússia deveria sair de Donbass, em vez de ficar com ele, o que em ucraniano soa similar.
Os comentários a seu post no Twitter, entretanto, sugerem que os dois presidentes não poderiam ter falado em ucraniano classificando a desculpa como “a mais estúpida".