O governo russo decidiu na segunda-feira (13), segundo publicou o Estadão Conteúdo, acabar com a proibição de entrega de mísseis terra-ar S-300 ao Irã, que vigorava desde 2010, estabelecendo um marco legal para o país retomar seus planos de vender um poderoso sistema de defesa aérea para Teerã. Washington criticou a medida.
A Rússia e o Irã firmaram um contrato de cerca de US$ 800 milhões em 2007, prevendo a entrega dos mísseis S-300, mas foi suspenso em 2010 por causa de fortes objeções dos EUA e Israel.
O Irã tinha respondido ao embargo russo com uma ação judicial em um tribunal de Genebra, pedindo US$ 4 bilhões em danos por quebra de contrato. O Estadão Conteúdo divulgou que Shamkhani disse nesta terça-feira em Moscou que a ação será retirada somente após a entrega dos mísseis S-300s.
No entanto, o chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que a entrega levaria tempo. "Vai depender de nossos fabricantes", disse ele. "Acredito que eles vão precisar de pelo menos seis meses para concluir o trabalho".
Patrushev foi mais cauteloso do que o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, que disse na segunda-feira que o sistema de mísseis poderia ser enviado ao Irã a qualquer momento.