"Eu gostaria de expressar apoio à liderança venezuelana em seus esforços, exercidos com a ajuda de seus vizinhos na região, com o objetivo de normalizar a situação no país", disse Lavrov. "Nesta fase, um papel importante foi desempenhado pela solidariedade com a Venezuela em face das arrogantes decisões dos EUA de rotular a Venezuela como uma ameaça à sua política externa", completou o diplomata russo.
Este ano, Washington impôs uma série de sanções contra funcionários venezuelanos, acusando-os de violar direitos humanos no país liderado pelo presidente Nicolás Maduro. O sucessor de Hugo Chávez, por sua vez, refuta todas as acusações e denuncia um esforço da Casa Branca para difamar e enfraquecer seu governo.
"A solidariedade demonstrada pelos membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), pelos membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), certamente contribuiu para o alívio das tensões nas relações entre Washington e Caracas", disse Lavrov, acrescentando que a Rússia felicita tal movimento.
"Nós apoiamos o grupo de países da Unasul, que gentilmente ofereceu seus serviços com a intenção de ajudar a normalizar a situação na Venezuela e manter o processo político no âmbito da Constituição existente", afirmou o chefe da diplomacia russa.
"Hoje, o desenvolvimento dinâmico da cooperação entre os nossos países em vários campos prova que a distância não é um obstáculo para a cooperação. Os Estados latino-americanos são parceiros de confiança da Rússia na arena internacional. Nós valorizamos muito isso”, garantiu.
“Somos gratos ao Chile por apoiar o fortalecimento das relações entre os nossos países e os mecanismos de integração na América Latina, incluindo o estabelecimento do mecanismo de diálogo político e a cooperação no formato Rússia-CELAC", disse Lavrov, acrescentando que Moscou espera “assinar o documento pertinente este ano".