Opinião: sanções contra Rússia perderão sentido em 2016

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As sanções ocidentais contra a Rússia perderão sentido já em 2016. Quem opina é cientista político francês, Cyrille Bret. "Sem dúvida, 2015 será o último ano em que as sanções anti-russas terão eficácia", disse Bret em uma entrevista à mídia local.

Em sua opinião, quanto mais as sanções permanecerem em vigor, mais eficaz será a estratégia dos países para conseguir superá-las. Segundo o especialista, isto já foi provado pelos exemplos de Cuba e Irã, que estão apenas no começo sentiram a pressão das sanções, para em seguida aprender a viver com elas e descobrir como contorná-las.

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Cyrille Bret enfatiza que nem todos os países europeus aprovam as sanções anti-russas. Na Hungria, a Bulgária, a Grécia, e até mesmo na França e no Reino Unido, muitos criticaram e questionaram a sua eficácia. "As sanções econômicas são controversas mesmo no Ocidente," observa o analista.

No que diz respeito à ampliação das sanções, Cyrille Bret acredita que o Ocidente pode caminhar nessa direção se houver o retorno das hostilidades no leste da Ucrânia.

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No entanto, de acordo com o cientista político, é pouco provável que sanções tenham um impacto sobre a situação de investimentos na economia russa. "Os investidores estão há alguns meses mudando a estratégia em relação à Rússia, avaliando os riscos financeiros. Além disso, eles consideram o efeito de novas sanções", disse Bret.

As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho do ano passado, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não tem interferência no conflito interno ucraniano e possui interesse na resolução pacífica do confronto. 


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