Rússia e França assinaram um acordo de US$ 1,5 bilhão para dois porta-helicópteros da classe Mistral em 2011. A entrega do primeiro navio estava prevista para novembro de 2014, mas foi cancelada quando Paris, alegando o papel russo na escalada do conflito ucraniana, fez uma abrupta mudança de política. Moscou nega qualquer intromissão no problema da Ucrânia.
Em meados de maio, o vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar russo, Anatoly Punchuk, afirmou que Rússia e França estavam discutindo as entregas dos Mistral e esperavam chegar a um acordo até ao final do mês. De acordo com ele, as negociações aconteciam numa atmosfera de entendimento mútuo e mostravam dinâmicas positivas.
Notícias de uma possível negociação dos navios com a China também foram veiculadas no início do mês. A publicação francesa Le Journal du Dimanche, citando uma fonte dita como familiarizada com as negociações entre Moscou e Paris, informou que membros da OTAN estavam entre os potenciais compradores das embarcações, mas que seria evitado países com relações tensas com a Rússia.
Moscou defende que os dois porta-helicópteros, batizados como Vladivostok e Sevastopol, não podem ser comercializados sem o aval do governo russo.