“Eu acho que foi um erro não convidar Vladimir Putin à cúpula do G7”, disse Schroeder.
Segundo ele, tanto os políticos russos como os ocidentais cometeram uma série de erros em torno da situação na Ucrânia.
“A Rússia deveria ser incluída nas negociações sobre o acordo da associação [da Ucrânia com a União Europeia]”, frisou.
Schroeder também sublinhou a importância de desenvolver a cooperação com Moscou, dizendo que “a Rússia tem alternativa à Europa, mas o contrário não”.
O antigo político de 71 anos confirmou que tem relações de amizade com o presidente Putin e que comunica frequentemente com o líder russo.
Anteriormente a decisão por parte de líderes ocidentais de não convidar Putin à cúpula do G7 tinha sido criticada por outro ex-chanceler alemão, Helmut Schmidt. Ele disse que as suas expetativas da cúpula sem a participação da Rússia são limitadas e que ele espera que os líderes ocidentais pelo menos não “deitem petróleo no lume” na crise ucraniana.
Willy Wimmer, que foi secretário de Estado no Ministério da Defesa da Alemanha entre 1988 e 1992, opina por sua vez que a decisão de não convidar a Rússia envia um sinal errado e até demasiado conflituoso.
“Quando os líderes do G7 se encontrarem na Baviera, sentiremos todos que o presidente russo devia estar lá. Sem ele, o sinal é confrontação ou até de guerra”, frisou.
O encontro deste ano será inaugurado na Baviera, Alemanha, no dia 7 de junho. A agenda da cúpula entre outras questões incluirá a situação na Ucrânia e a luta contra o Estado Islâmico.
Os países do G7, então G8, decidiram deixar a Rússia de fora do grupo no ano passado, em protesto pela reintegração da Crimeia à Federação Russa, o que aconteceu após um referendo em que 97% da população da península foram favoráveis à reintegração, e também pela alegada participação russa no conflito na Ucrânia, o que Moscou negou repetidas vezes.