"Saudamos o papel da Rússia e do presidente Vladimir Putin. Sem ele, Síria teria se transformado no mesmo inferno que a Líbia. Damos valor ao apoio da Rússia para a solução de assuntos dos países árabes, seja na Líbia, Síria ou Irque", disse al-Dam em entrevista à Sputnik.
Ele também afirmou que os países ocidentais não estariam interessadas em uma situação estável na Líbia. "Ao meu ver, eles estavam interessados em liquidar Muammar Kadhafi e a "revolução al-Fateh". Segundo o ex-Coronel, o Ocidente, no início, chorou lágrimas de "crocodilo" sobre a situação em seu país "mas hoje em dia nem essas lágrimas de crocodilo nos vemos mais", concluiu.
O primo de Kadhafi acusou a OTAN de ter sido o motivo da expansão do Estado Islâmico na região, que ficou isolada após o bloqueio aéreo e acusou os esforços da ONU em formar um governo de unidade nacional de unilateralidade, pois não contempla a participação das forças políticas ligadas ao antigo regime.
Líbia vive numa dualidade de poder: por um lado, o Parlamento eleito nas eleições gerais, com sede em Tobruk, e o governo de transição dirigido por Abdullah al-Thani; por outro, o Congresso Geral da Nação de tendência islâmica, com sede em Trípoli, e o primeiro-ministro eleito por esse congresso, Omar al-Hasi.
Várias regiões da Líbia não estão sob controle dessas autoridades centrais, e entre os muitos grupos armados em atuação no país, alguns juraram fidelidade ao Estado Islâmico, que controla territórios consideráveis na Síria e no Iraque e realiza execuções públicas de reféns.