“As sanções não são um fator de redução, mas do aumento do crescimento econômico, pois áreas que antes eram ocupadas por empresas estrangeiras se libertam e podem ser ocupadas por empresas nacionais”, disse o ministro.
Mais cedo, em junho, houve um anúncio, do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), sobre a possível importação direta de produtos de floricultura da América Latina. Tradicionalmente, as flores latino-americanas passam pela Holanda antes de serem distribuídas pelos restantes mercados da Eurásia.
O ministro expressou a sua preocupação pela “segmentação” da Organização Mundial do Comércio (OMC), em função, segundo ele, da negociação de acordos fora do marco deste organismo.
“Há perigo de segmentação da OMC, tentativas de resolver assuntos fora do seu marco, como o TTIP”, frisou Ulyukayev.
O Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), a Parceria Transpacífico (TPP), o Acordo de Comércio em Serviços (TiSA) são projetos que estão sendo negociados pelos EUA com vários países para, alegadamente, fomentar o comércio livre. No entanto, eles são alvos de críticas por analistas, que não excluem que possam ser uma arma econômica dos EUA para aumentar o seu grau de influência em diferentes regiões do mundo.
Perguntado sobre a crise econômica na Rússia, o ministro disse que o rublo tem as mesmas chances de cair ou subir que o dólar. Isso se deve, segundo Ulyukayev, ao fortalecimento da economia russa.
Mais cedo nesta sexta, tiveram lugar na cúpula coletivas do ministro do Transporte da Rússia, Maksim Sokolov, que comentou o novo projeto de rodovia que ligará Moscou e Pequim.
Durante a coletiva, Sokolov foi perguntado por um jornalista sobre as perspectivas da infraestrutura de transportes no marco dos BRICS. O ministro notou que dentro dos BRICS, só existem duas fronteiras terrestres – a russo-chinesa e a sino-indiana – por isso é cedo falar de um sistema rodoviário comum dos BRICS.
Contudo, ele frisou a importância da comunicação aérea e marítima da Rússia com o Brasil, a Índia e a África do Sul, que irá ser desenvolvida e fomentada.