“A violência referida é ‘absolutamente inaceitável’. E esperamos que todos – independentemente da sua afiliação – os ucranianos e as organizações respeitem a lei e a ordem”, disse John Kirby.
John Kirby também disse aos jornalistas que o governo ucraniano era responsável por deixar o Setor de Direita, o grupo de extrema-direita, se tornar uma parte das forças de segurança de Kiev.
“Quanto ao Setor de Direita e seu lugar nas forças armadas ucranianas, é o governo ucraniano que vai decidir como esta integração vai ser realizada”, disse Kirby.
Além disso, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano sublinhou que os Estados Unidos não estão treinando membros do Setor de Direita.
“Continuamos sendo ansiosos por cooperar com a Ucrânia para identificar os melhores candidatos para o treinamento organizado pelos EUA”.
É de lembrar que Washington forneceu os equipamentos não-letais à Ucrânia nos últimos meses, incluindo a assistência para construir sua Guarda Nacional e outras forças. Em abril, 2015 os Estados Unidos enviaram 300 tropas ao oeste da Ucrânia para treinar Guarda Nacional do país.
Na quarta (15) Pyotr Poroshenko, presidente ucraniano, afirmou que as ações do Setor de Direito em Mukachevo é um ato de terrorismo e disse que partidos políticos não devem ter seus próprios grupos armados.
Segundo o serviço de imprensa do Setor de Direita, seus membros estavam tentando destruir as rotas de contrabando, que serão controladas pelas autoridades locais, quando, como eles afirmam, a polícia abriu fogo contra eles, sem aviso prévio.
Em novembro de 2014 a Corte Suprema da Rússia reconheceu o Setor de Direita como uma organização extremista e proibiu sua atividade no território russo. Em janeiro de 2015, na Rússia o grupo foi incluído na lista de organizações proibidas; o líder do movimento Dmitry Yarosh enfrenta igualmente acusações de incitação à atividade terrorista.