O site oficial do presidente ucraniano informou:
"O líder ucraniano informou a parte norte-americana sobre os resultados das conversas no formato de Normandia de ontem, bem como sobre o resultado das conversações do grupo de contato em 21 de junho em Minsk, em particular, sobre o acordo alcançado de retirada das armas de calibre inferior a 100 mm da linha de frente, bem como o estabelecimento de uma zona desmilitarizada de 30 km na linha de frente supervisionada pela OSCE".
O site oficial da Casa Branca também divulgou informações sobre a conversa, em particular, sobre a retirada de tropas da linha de frente:
“Os dois líderes discutiram a implementação dos Acordos de Minsk. […] O vice-presidente dos EUA saudou a proposta do presidente Poroshenko sobre a criação de uma zona de 30 km livre de tanques, artilharia e morteiros ao longo da linha de frente no leste da Ucrânia, sob a supervisão da OSCE.”
A declaração parece algo extemporânea, uma vez que no domingo passado as autoproclamadas Repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL respetivamente) já haviam retirado as armas da linha de frente. E, mais do que isso, a questão de retirada das tropas, tanques e equipamentos já era parte crucial dos Acordos de Minsk, assinados em fevereiro de 2015.
Uma outra declaração do vice-presidente norte-americano tinha a ver com os projetos de lei, aprovados pela Suprema Rada (parlamento) da Ucrânia. Os projetos aprovados preveem reformas do sistema de justiça e eram parte das exigências do FMI para este último conceder mais ajuda financeira à Ucrânia.
De acordo com as fontes anônimas próximas ao FMI, citadas pela agência Bloomberg neste sábado (25), a Ucrânia receberá o próximo empréstimo no valor de 17,5 bilhões de dólares já em 31 de julho.
Ironicamente, Biden comentou as leis aprovadas e mencionou mesmo o combate à corrupção, segundo o site da Casa Branca:
“O vice-presidente saudou as recentes leis de reforma aprovadas pela Rada e observou a necessidade de manter o ritmo da agenda de reformas da Ucrânia, em particular na luta contra a corrupção.”
O acordo de paz foi firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha e prevê um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.