O Congresso Nacional Africano, partido político dominante no país, preparou o relatório intitulado “A África Melhor em um Mundo Melhor e Justo” ("A Better Africa in a Better and Just World") para uma conferência política, apelando ao país para se voltar dos EUA à Rússia e China.
“A guerra na Ucrânia não se realiza pela Ucrânia. O objetivo é a Rússia. Os vizinhos da Rússia são empurrados para tomar uma posição hostil para com a Rússia, tal como a China, e para aderir à UE e OTAN. São criados estados pró-ocidentais para cercar a Rússia; os seus territórios são usados para instalar o material bélico da OTAN dirigido contra a Rússia”, diz-se no relatório.
Segundo o The Economist, o Congresso Nacional Africano desviou do patrimônio de Nelson Mandela e está sob o perigo de “tornar a África do Sul um palhaço nem somente na África”.
Mencionando que os EUA e a UE são parceiros comerciais mais importantes do país, a edição prova mais uma vez que o Ocidente intimida os seus aliados, ameaçando parar o apoio de biliões de dólares. Embora o Ocidente afirme que o apoio está dado no âmbito da linha para a igualdade universal, parece que os países mais fracos são abandonados caso realizem o seu direito de expressar a sua própria opinião.
“Se agora o Congresso Nacional Africano rejeita os amigos liberais da República da África do Sul e liga o seu destino a uma séria dos “regimes perigosos” (os países do BRICS), presta um mau serviço aos africanos”, se diz no artigo.
Desde fevereiro de 2014, Kiev e Ocidente acusam a Rússia de apoiar os independentistas ucranianos e de interferir nos assuntos internos da Ucrânia. Kremlin, no entanto, garante não ter qualquer envolvimento na crise interna ucraniana e diz estar totalmente interessada numa resolução pacífica do conflito no país vizinho.