Apesar de divergências, Turquia quer cooperar com Rússia na Síria

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Retrato do presidente sírio Bashar al-Assad no Banco da Síria, em Damasco - Sputnik Brasil
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Apesar das divergências na questão da crise síria, a Rússia e a Turquia podem cooperar na resolução dela, com base na garantia de estabilidade e integridade territorial da Síria, segundo declarou o chanceler turco Feridun Sinirlioglu.

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A declaração foi feita pelo ministro turco à agência Anadolu, um dia após a reunião com o seu colega russo, que foi realizada em Sochi:

"Nós com [o chanceler russo, Seguei] Lavrov durante discussões da crise síria deixaram fora as nossas divergências e acordaram em necessidade de juntamente tomar passos para garantir a unidade, integridade territorial e estabilidade na Síria. Esperamos que a Rússia vai agir juntamente conosco, se baseando nestes princípios".

Sinirlioglu notou que o item principal em que as posições dos países divergem continua sendo a atitude para com o presidente sírio, Bashar Assad. Segundo Ancara, Assad não é capaz levar o seu país à estabilidade e paz. Mas Moscou opina que é o povo sírio que deve decidir o futuro de Assad.

“A Rússia avalia as razões para o caos atual na Síria diferentemente do que nós. Divergem na opinião sobre quem deve ser responsabilizado por ele. Mas coincidimos em que a situação atual é inaceitável e ambos os nossos países dão conta da ameaça de terrorismo originando da crise”, acrescentou o ministro.

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Desde março de 2011, a Síria vive um conflito armado, no resultado de que, segundo dados da ONU, morreram mais de 220 mil pessoas e várias milhões se tornaram refugiados. As tropas governamentais lutam contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico, proibido pela Rússia e por uma série de outros países.

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

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