“O estabelecimento do centro de informação é um passo muito importante. Pressupomos que mais países venham a aderir ao centro. Não se exclui que um dia os EUA reconheçam tal coalizão regional”, disse o político.
O deputado sublinhou que as relações russo-sírias que existem já há muito tempo se estreitam devido à luta contra o terrorismo.
Comentando os rumores sobre um pedido oficial da Síria de enviar tropas russas para o país, al-Abud disse que “não possui informações exatas”. Segundo o político, os legisladores do país apresentaram tais propostas, mas, segundo a Constituição síria, a decisão deve ser tomada pelo poder executivo, encabeçado pelo presidente.
“É mais uma interferência em um país soberano. Qualquer ataque realizado sem ser coordenado com Damasco será considerado ilegal”, frisou Rageb.
Na opinião do membro de parlamento sírio, os ataques aéreos da França são uma resposta ao governo russo, que promoveu a ideia de criação do centro de coordenação em Bagdá.
“Enquanto muitos países alteram a sua atitude para com as negociações com as autoridades sírias, a França continua mantendo relações com a Síria por meio de chamadas “alusões” políticas. Estamos à espera das desculpas de França pela sua atividade e exigimos que todos reconheçam que Damasco deve ser uma força central no combate internacional contra o Estado Islâmico, a Frente al-Nusra, etc.”, disse.
O grupo terrorista Estado Islâmico (proibido na Rússia), anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.