A respetiva declaração foi feita após no domingo (11) o Comitê Nacional Antiterrorismo ter divulgado que, num edifício residencial no centro da capital russa, Moscou, agentes das forças especiais detiveram um grupo de pessoas que, provavelmente, estava preparando um atentado terrorista na cidade. No apartamento deles foi encontrado e neutralizado um dispositivo explosivo de fabrico artesanal.
Cabe mencionar que supostamente entre os detidos estão três cidadãos da Síria, divulgou na segunda-feira (12) o jornal russo Moskovsky Komsomolets citando fontes próximas da investigação. A informação ainda não foi oficialmente confirmada.
O porta-voz presidencial também declarou que Vladimir Putin está constantemente recebendo relatórios sobre as medidas tomadas na luta contra o terrorismo no país.
Mais cedo o presidente russo declarou ao canal de TV Rossiya 1 que muitos países enfrentam a ameaça de terrorismo e que os terroristas primeiramente podem alvejar a Rússia e os países islâmicos.
"Na sua recente entrevista, o presidente declarou que todos os países enfrentam a ameaça de terrorismo e, por isso, todos os serviços correspondentes estão prontos para combatê-la. Trata-se em primeiro lugar do FSB [Serviço Federal de Segurança da Rússia] e do Comitê Nacional Antiterrorismo. O presidente recebe destas entidades relatórios sobre as operações realizadas", disse Peskov.
Segundo disse Putin, a ameaça de terrorismo existia ainda antes o início da operação russa na Síria e, segundo ele, se a operação aérea não fosse iniciada, a ameaça só aumentaria.
Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais. Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.
Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano. O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.