Segundo os dois jornalistas, o objetivo do evento foi alcançado – a criação de órgãos de notícias (uma agência e uma emissora de rádio) destinados a promover a integração de conhecimentos entre os cinco países do grupo BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Denize Bacoccina, superintendente de Agências e Conteúdos Digitais da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), revelou que os cinco países BRICS, com este espaço comum de informações, ganham “a possibilidade de difundir os fatos como eles são e deixam de estar sujeitos a versões de conveniência”.
Gilberto de Souza, diretor e editor-chefe do jornal “Correio do Brasil”, endossa as opiniões da colega e afirma que “a veiculação das informações e das notícias pertinentes aos BRICS se dará de forma muito mais democrática e coerente com a realidade”.
A jornalista da EBC descreve o evento como “muito interessante”:
“Houve três painéis, e nos três os representantes dos cinco países falaram, com a intermediação de uma sexta pessoa, da Rússia”, conta Denize. “Nós discutimos, e houve uma concordância no sentido de que os países do bloco BRICS precisam criar um espaço de informação para levar suas informações uns para os outros, precisamos nos conhecer melhor uns aos outros e também levar a informação de cada país e às vezes do grupo, quando é o caso de alguma coisa comum, mas especialmente de cada país para o mundo. Uma visão que não seja a americana ou a europeia, que têm dominado os serviços de informação internacional até hoje. É preciso que os países BRICS tenham uma representação adequada e uma participação proporcional da discussão global sobre vários assuntos que estão no cenário internacional. Divulgamos um documento neste sentido, que teve a concordância de todos. Foram 81 participantes, dos quais 13 do Brasil. Além desse documento, assinamos dois memorandos de entendimento: um para a criação de uma agência de notícias do BRICS e um para a criação de uma rádio do BRICS. É um documento inicial, ainda vai demorar a ser colocado em prática, mas houve uma concordância de que este é um caminho a ser perseguido.”
Denize Bacoccina, superintendente de Agências e Conteúdos Digitais da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), revelou que os cinco países BRICS, com este espaço comum de informações, ganham “a possibilidade de difundir os fatos como eles são e deixam de estar sujeitos a versões de conveniência”.
Gilberto de Souza, diretor e editor-chefe do jornal “Correio do Brasil”, endossa as opiniões da colega e afirma que “a veiculação das informações e das notícias pertinentes aos BRICS se dará de forma muito mais democrática e coerente com a realidade”.
A jornalista da EBC descreve o evento como “muito interessante”:
“Houve três painéis, e nos três os representantes dos cinco países falaram, com a intermediação de uma sexta pessoa, da Rússia”, conta Denize. “Nós discutimos, e houve uma concordância no sentido de que os países do bloco BRICS precisam criar um espaço de informação para levar suas informações uns para os outros, precisamos nos conhecer melhor uns aos outros e também levar a informação de cada país e às vezes do grupo, quando é o caso de alguma coisa comum, mas especialmente de cada país para o mundo. Uma visão que não seja a americana ou a europeia, que têm dominado os serviços de informação internacional até hoje. É preciso que os países BRICS tenham uma representação adequada e uma participação proporcional da discussão global sobre vários assuntos que estão no cenário internacional. Divulgamos um documento neste sentido, que teve a concordância de todos. Foram 81 participantes, dos quais 13 do Brasil. Além desse documento, assinamos dois memorandos de entendimento: um para a criação de uma agência de notícias do BRICS e um para a criação de uma rádio do BRICS. É um documento inicial, ainda vai demorar a ser colocado em prática, mas houve uma concordância de que este é um caminho a ser perseguido.”
Denize Bacoccina acrescenta que não foram definidas a sede da agência e da rádio nem a língua comum, mas “nas próximas reuniões dos BRICS isso certamente será aprofundado”.
“Falei [no fórum] sobre a nossa experiência na EBC – Empresa Brasil de Comunicação e na Agência Brasil”, conta a jornalista. “Nós já temos aqui uma coisa semelhante de integração. Temos um site chamado Ansur – uma agência de notícias latino-americana. A Agência Brasil alimenta bastante essa agência, com conteúdos em espanhol. Falei um pouco da Agência Brasil, dos valores e princípios da EBC, e apresentei esse caso da Ansur que foi muito bem recebido porque já é um caso concreto, e imagino que caminharia para um modelo deste tipo, onde cada país alimenta o site e os países sócios do empreendimento recebem o material e publicam em seus espaços de informação – e também outros países, que não esses cinco. A intenção é que o resto do mundo tenha acesso às informações produzidas por nós.”
Sobre acordos assinados durante o evento, Denize Bacoccina informa:
“Nós, da EBC, assinamos com a Sputnik um acordo de troca de conteúdo, já definitivo, já negociado antecipadamente e que já entrou em vigor. Nos próximos dias vamos colocá-lo em prática: teremos notícias da Sputnik no site da Agência Brasil e também na TV Brasil e em outros veículos da EBC, e a Sputnik terá notícias da Agência Brasil. Nossa expectativa é de que notícias do Brasil produzidas por nós tenham um espaço internacional maior a partir deste contrato e que entreguemos um conteúdo maior para o público brasileiro sobre a Rússia, um país tão importante no cenário internacional e ainda muito desconhecido dos brasileiros.”
Finalmente, Denize Bacoccina falou à Sputnik Brasil sobre os avanços para a disseminação democrática da informação neste espaço comum dos BRICS, diante da dominação das agências de notícias ocidentais:
“Falei [no fórum] sobre a nossa experiência na EBC – Empresa Brasil de Comunicação e na Agência Brasil”, conta a jornalista. “Nós já temos aqui uma coisa semelhante de integração. Temos um site chamado Ansur – uma agência de notícias latino-americana. A Agência Brasil alimenta bastante essa agência, com conteúdos em espanhol. Falei um pouco da Agência Brasil, dos valores e princípios da EBC, e apresentei esse caso da Ansur que foi muito bem recebido porque já é um caso concreto, e imagino que caminharia para um modelo deste tipo, onde cada país alimenta o site e os países sócios do empreendimento recebem o material e publicam em seus espaços de informação – e também outros países, que não esses cinco. A intenção é que o resto do mundo tenha acesso às informações produzidas por nós.”
Sobre acordos assinados durante o evento, Denize Bacoccina informa:
“Nós, da EBC, assinamos com a Sputnik um acordo de troca de conteúdo, já definitivo, já negociado antecipadamente e que já entrou em vigor. Nos próximos dias vamos colocá-lo em prática: teremos notícias da Sputnik no site da Agência Brasil e também na TV Brasil e em outros veículos da EBC, e a Sputnik terá notícias da Agência Brasil. Nossa expectativa é de que notícias do Brasil produzidas por nós tenham um espaço internacional maior a partir deste contrato e que entreguemos um conteúdo maior para o público brasileiro sobre a Rússia, um país tão importante no cenário internacional e ainda muito desconhecido dos brasileiros.”
Finalmente, Denize Bacoccina falou à Sputnik Brasil sobre os avanços para a disseminação democrática da informação neste espaço comum dos BRICS, diante da dominação das agências de notícias ocidentais:
“Justamente a isso é que nós queremos nos contrapor, criar nossa própria narrativa para que ela se contraponha à narrativa dominante dessa visão que nós temos do noticiário que é dominado pelos EUA e pela Europa. O objetivo do encontro foi criar uma narrativa nossa para o mundo, do nosso ponto de vista.”
Outro jornalista brasileiro presente ao encontro “Vias de Criação de um Espaço Informacional Comum dos BRICS”, organizado em Moscou pela Agência Internacional de Notícias Rossiya Segodnya, Gilberto de Souza também teve “a melhor impressão do acontecimento”:
“Foi uma janela de integração entre as nações em desenvolvimento, basicamente sobre um setor que todos conhecem como 'Quarto Poder', que é a comunicação. E a integração desses países na área da comunicação, com a velocidade da internet, com todos esses avanços que estamos experimentando, foi uma grande oportunidade, e creio que o Brasil está muito integrado nesse processo.”
Sobre os resultados do primeiro encontro de mídia dos países BRICS, Gilberto de Souza conta que, “em termos práticos imediatos, já foi assinado um protocolo entre as nações que integram o BRICS, no sentido de se promover um espaço comum onde os vários produtores de conteúdo desses países vão poder acessar e conhecer a realidade desses países a partir de uma fonte segura, de uma fonte que tem credibilidade, que é uma das coisas mais importantes da internet hoje – sabermos a origem da notícia e de que maneira esse quadro se comporta na realidade mundial. Isso é fundamental porque o jornalismo avança na medida em que trabalha sobre a realidade. Sempre que começam a surgir versões estapafúrdias sobre os fatos, a verdade sai prejudicada e o trabalho jornalístico também”.
À questão de quais serão os avanços para a disseminação democrática da informação neste espaço comum dos BRICS diante da dominação das agências de notícias ocidentais, Gilberto Souza comenta:
“O que percebemos é que o mundo estava polarizado entre os interesses do mercado, que são os interesses defendidos pelos EUA e por uma gama de nações que visam uma sociedade mais dinâmica, mais aberta e disponível para o desenvolvimento social. E numa situação de polarização a primeira coisa que acontece, o primeiro sacrifício que existe é o sacrifício da verdade. No momento em que temos um espaço desses países que integram esse grupo de nações e hoje já são um grupo próspero, de ponta de lança na economia mundial, diante do que todas as outras agências e mecanismos de comunicação dos países já desenvolvidos e que seguem a tese dos EUA, é uma fonte confiável, uma fonte onde podemos contrapor os fatos, um do lado do outro, e saber exatamente onde se situa a realidade ali.”
Outro jornalista brasileiro presente ao encontro “Vias de Criação de um Espaço Informacional Comum dos BRICS”, organizado em Moscou pela Agência Internacional de Notícias Rossiya Segodnya, Gilberto de Souza também teve “a melhor impressão do acontecimento”:
“Foi uma janela de integração entre as nações em desenvolvimento, basicamente sobre um setor que todos conhecem como 'Quarto Poder', que é a comunicação. E a integração desses países na área da comunicação, com a velocidade da internet, com todos esses avanços que estamos experimentando, foi uma grande oportunidade, e creio que o Brasil está muito integrado nesse processo.”
Sobre os resultados do primeiro encontro de mídia dos países BRICS, Gilberto de Souza conta que, “em termos práticos imediatos, já foi assinado um protocolo entre as nações que integram o BRICS, no sentido de se promover um espaço comum onde os vários produtores de conteúdo desses países vão poder acessar e conhecer a realidade desses países a partir de uma fonte segura, de uma fonte que tem credibilidade, que é uma das coisas mais importantes da internet hoje – sabermos a origem da notícia e de que maneira esse quadro se comporta na realidade mundial. Isso é fundamental porque o jornalismo avança na medida em que trabalha sobre a realidade. Sempre que começam a surgir versões estapafúrdias sobre os fatos, a verdade sai prejudicada e o trabalho jornalístico também”.
À questão de quais serão os avanços para a disseminação democrática da informação neste espaço comum dos BRICS diante da dominação das agências de notícias ocidentais, Gilberto Souza comenta:
“O que percebemos é que o mundo estava polarizado entre os interesses do mercado, que são os interesses defendidos pelos EUA e por uma gama de nações que visam uma sociedade mais dinâmica, mais aberta e disponível para o desenvolvimento social. E numa situação de polarização a primeira coisa que acontece, o primeiro sacrifício que existe é o sacrifício da verdade. No momento em que temos um espaço desses países que integram esse grupo de nações e hoje já são um grupo próspero, de ponta de lança na economia mundial, diante do que todas as outras agências e mecanismos de comunicação dos países já desenvolvidos e que seguem a tese dos EUA, é uma fonte confiável, uma fonte onde podemos contrapor os fatos, um do lado do outro, e saber exatamente onde se situa a realidade ali.”