Sihanok Dibo sublinhou especialmente que os curdos sírios apoiam a resolução pacífica da crise síria e estão prontos para cooperar com todos os lados que partilham da tal posição política.
Sublinhando a importância do fato que o lado russo presta à participação de curdos na luta contra o Estado Islâmico (EI ou ISIS, na sigla em inglês), Dibo destacou a alta eficácia da operação aérea russa na Síria:
“A Rússia realiza uma luta muito eficaz com militantes do Estado Islâmico e da Frente al-Nusra. Apoiamos completamente as ações da Rússia na Síria e estamos convictos de que Moscou também poderia cooperar com a mesma eficácia com batalhões de tropas irregulares curdas das YPG [sigla em curdo para Unidades de Proteção Popular] para destruir posições dos terroristas em terreno”.
Por seu turno o vice-chanceler da região de Kobane, Idris Nessan, comentou à Sputnik a reunião recente do presidente sírio Bashar Assad com o seu colega russo Vladimir Putin. Segundo o político entrevistado pela Sputnik, a visita de Assad à Moscou é um evento natural:
“A Rússia já várias vezes tem se encontrado com representantes do governo de Assad. Moscou realiza negociações ao nível internacional para resolver politicamente a crise síria. Achamos que a reunião entre Putin e Assad deve ser considerada deste ponto de vista – como a parte do programa de ações da Rússia para achar a via para a Síria sair da crise”.
Comentando a visita da delegação de curdos sírios do PYD a Moscou, Nessan disse:
“Já por muito tempo lutamos os terroristas na região. Os russos também combate os jihadistas. Necessitamos unir os esforços para aumentar a eficácia da luta. As negociações em Moscou foram dirigidas para elaborar o plano de ações conjuntas. Esperamos que a comunidade internacional junte os seus esforços para destruir a ameaça de terrorismo”.
Nessan também informou sobre os preparativos ativos do lado curdo para realizar no tempo próximo a operação de libertação da cidade de Raqqa e região da cidade de Jarabulus, os dois baluartes do Estado Islâmico.
Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria. Durante o tempo transcorrido desde o início da operação, a Força Aeroespacial russa aplicou cerca de 900 golpes, eliminando centenas de terroristas, dezenas de postos de comando, armazéns e outros alvos e instalações.
Além disso, 26 mísseis de cruzeiro lançados por navios da Frota do Mar Cáspio também atingiram alvos do Estado Islâmico.
O presidente Vladimir Putin confirmou mais cedo que o período da operação militar russa na Síria será limitado pela ofensiva do exército sírio, negando a possibilidade de uso das Forças Armadas da Rússia para ações militares terrestres.