“Os EUA entendem plenamente que armas russas e chinesas no Oriente Médio alteram drasticamente o equilíbrio de poder na região”, afirmou à emissora o diretor do Centro de Moscou para Análise de Estratégias e Tecnologias, Ruslan Pukhov.
Três anos atrás, Washington decidiu não atacar as forças lideradas por Damasco, entre outras coisas, porque o Exército sírio tinha estas baterias de mísseis terra-ar em serviço. Os norte-americanos, de acordo com Zvezda, não queriam ver os S-300 em ação.
Especialistas norte-americanos dizem que o sistema S-300 no Irã acabará por criar uma zona de exclusão aérea para os F-16 e F/A-18 sobre o país, observou o canal. Já os B-2s e F-22 são capazes de operar em áreas vigiadas pelo S-300 por uma quantidade limitada de tempo, visto que o sistema de defesa de mísseis de fabricação russa pode facilmente mudar a sua localização dentro de horas.
“Este sistema de defesa antimísseis poderia negar o acesso ao espaço aéreo sobre o Golfo Pérsico. Poderia neutralizar quase completamente as capacidades militares da Turquia. Israel e Arábia Saudita perderão automaticamente a sua supremacia aérea e não serão capaz de realizar ataques aéreos na região, bem como em algumas partes da Síria”, observou Pukhov.
O presidente russo, Vladimir Putin suspendeu a proibição de entrega dos S-300 em abril de 2015, pouco depois do sexteto de negociadores internacionais e o Irã chegarem a um acordo nuclear para remover todas as sanções econômicas contra Teerã em troca de sua promessa de garantir que toda a pesquisa atômica no país será para fins pacíficos.