Turquia se une à Ucrânia para reforçar militarização do Mar Negro

© Sputnik / Igor Gavrilov / Acessar o banco de imagensMar Negro
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A Turquia e a Ucrânia se uniram para reforçar a segurança no Mar Negro.

De acordo com um comunicado emitido nesta quinta-feira (26) pelo consórcio estatal de defesa da Ucrânia, Ukroboronprom, os dois países concordaram em unir forças para robustecer a segurança no mar Negro, onde se situa a Península da Crimeia.

"A Ucrânia e a Turquia, juntas, vão reforçar a indústria naval para reforçar a proteção e a segurança no Mar Negro. Esta área será um dos aspectos-chave da cooperação entre os dois países", disse a empresa.

Secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Alexander Turchinov (esquerda) - Sputnik Brasil
Ataques russos na Síria deixam Kiev preocupada com o estado lastimável de sua defesa aérea
Kiev está adotando uma política de atração de investimentos estrangeiros para o complexo militar-industrial do país, assunto discutido durante a Semana de Defesa da Turquia 2015, realizada entre os dias 10 e 12 de novembro em Ancara, de acordo com o comunicado.

Tanto a Turquia quanto a Ucrânia tiveram suas relações com a Rússia bastante deterioradas nos últimos tempos. O governo ucraniano qualifica seu vizinho do leste como um Estado agressor, desde que a Crimeia foi reintegrada à Federação Russa, em março do ano passado, e apesar de o processo ter sido feito com base no princípio internacional da autodeterminação dos povos: a decisão foi expressa em referendo popular, com mais de 96% da população local a favor da separação da Ucrânia.

Piloto salvo do Su-24, Konstantin Murakhtin, (ao centro de costas) fala com jornalistas na base áerea de Hmeymim, Lataquia, Síria, 25 de novembro de 2015 - Sputnik Brasil
Descobertos detalhes da operação de resgate do copiloto do Su-24
Quanto à Turquia, Moscou vinha mantendo uma relação amigável com o país até pouco tempo atrás, no contexto do esforço internacional da Rússia para combater o grupo terrorista Estado Islâmico na Síria. No entanto, em um episódio classificado pelo presidente russo Vladimir Putin como uma “punhalada nas costas”, na última segunda-feira (23) um avião russo Su-24 foi abatido por dois caças F-16 da Turquia enquanto realizava uma missão rotineira contra os jihadistas na Síria, perto da fronteira turca.

Ancara alega que a aeronave russa invadiu seu espaço aéreo, mas a versão é fortemente contestada tanto pelos dados do Ministério da Defesa da Rússia quanto pelos da Síria, bem como pelo depoimento de um dos pilotos que conseguiu sobreviver à queda e que foi posteriormente resgatado pelo Exército sírio, com a ajuda das forças russas. 

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