Organizações de caridade italianas financiam Daesh

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Militantes do Estado Islâmico em Fallujah, no Iraque - Sputnik Brasil
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A Força-Tarefa de Ação Financeira (sobre Lavagem de Dinheiro) (GAFI) encontrou uma fonte de renda imprevista do Daesh (Estado islâmico). A fonte é uma organização de caridade em Itália, para onde milhares de pessoas de toda a Europa transferiram dinheiro para ajudar as crianças sírias.

Estes fundos foram encaminhados para a Turquia e, depois, para os terroristas.

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Na Itália organizar tal esquema é mais fácil do que em outros países europeus, já que as organizações não-governamentais no país não são obrigadas a contabilizar a movimentação de fundos nas suas contas bancárias. O secretário executivo da GAFI, David Lewis, declarou em uma entrevista para o RT que ele sente que os Estados não estão fazendo esforços suficientes para bloquear o acesso dos extremistas aos fluxos de renda.

A GAFI é uma organização intergovernamental fundada em 1989 por iniciativa do G7 para desenvolver as políticas de combate à lavagem de dinheiro.

"As informações sobre este caso foram-nos dadas pelas autoridades italianas, um dos primeiros e mais ativos membros da GAFI. Estes dados sugerem que as organizações sem fins lucrativos e de caridade, intencionalmente ou não, poderiam ter participado no financiamento do terrorismo", disse o secretário-executivo David Lewis ao RT durante uma entrevista.

Veja como esse esquema funcionou. Milhares de pessoas e entidades de toda a Europa transferem dinheiro para a conta de uma organização de caridade no banco italiano pensando que o dinheiro será doado para ajudar as crianças sírias.

O dinheiro foi para a Turquia e, de lá, um recrutador do Daesh pegou o dinheiro e o distribuiu por grupos terroristas.

O Daesh ganha milhões de dólares por dia com o contrabando de petróleo, extorsão e tomada de reféns. Tudo isso faz com que seja a mais rica organização terrorista no mundo.

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De acordo com a GAFI, nem todos os países estão tomando as medidas necessárias para bloquear o acesso dos extremistas a esses fundos.

"Muitos países ignoram as medidas necessárias. Eles aprovaram leis e criaram instituições e inteligência financeira para combater o terrorismo e investigar, mas não se envolvem na implementação efetiva das medidas propostas ", disse Lewis.

"Isto é especialmente verdadeiro quanto ao congelamento de bens. Descobrimos que dois terços dos países não congelaram os fundos terroristas incluídos na lista da ONU. Os governos que implementam essas medidas estão se movendo muito devagar. Para que haja resultado, é necessário agir dentro de horas. Mas na maioria dos casos, pode passar dois dias ou um mês antes que as autoridades tomem qualquer tipo de medida. Durante este tempo, os ativos podem desaparecer sem deixar rasto», explicou o especialista.

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