David Zylbersztajn, primeiro diretor da ANP – Agência Nacional do Petróleo e professor do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, também está convencido de que a tese da redução da produção mundial de petróleo não prosperará. Em entrevista à Sputnik Brasil, ele afirmou que “os interesses de cada país produtor de petróleo vão acabar prevalecendo neste momento complexo da vida econômica mundial”.
David Zylbersztajn disse ainda que “em curto e médio prazos” não vê possibilidade de os preços do barril de petróleo se recuperarem e chegarem sequer aos 50 dólares. Segundo o especialista, esta é a cifra máxima que o barril poderá atingir.
Sobre as oscilações do sobe e desce dos preços do petróleo, Zylbersztajn afirma que na realidade estamos vendo uma tendência.
A respeito da proposta da Rússia à OPEP, David Zylbersztajn lembra que “a OPEP foi muito forte, virou um mito, principalmente nos anos 1970 até o início dos anos 1980, porque com o petróleo lá em cima, num primeiro momento, existia um cartel efetivo com uma disciplina entre seus membros, e naquela época a OPEP detinha mais de 2/3 da produção mundial de petróleo, Hoje ela detém 1/3 ou um pouco menos, e, se tirar a Arábia Saudita, muito menos ainda. E não existe disciplina interna entre os membros da OPEP”.