Zakharova afirmou que a falta de vontade aos EUA de partilhar informações sobre instalações terroristas na Síria gera preocupações.
Negociações de paz na Síria
“Hoje culpam-nos na interrupção destas negociações. Mas isso é uma mentira <…>. É uma desinformação absoluta de grau mais baixo”, disse a representante oficial da chancelaria russa.
Operação aérea russa na Síria
“Temos motivos [para pensar] que os Estados Unidos acumularam um volume grande de todos os tipos de dados, <…>, inclusive os de reconhecimento, sobre posições de terroristas no território da Síria. Porque os Estados Unidos não estão prontos a compartilhar estas informações com a parte russa? O que escondem ou querem esconder?”, perguntou, retoricamente, a diplomata.
Além disso, ela disse que nos últimos tempos, têm crescido acusações relacionadas com ataques russos na Síria. “Parece que é uma tática”, disse.
“Queria dizer que consideramos absolutamente inaceitáveis as declarações públicas dos representantes dos EUA sobre que a Rússia usa na Síria bombas não guiadas que alegadamente matam os civis. São invenções absolutas”, sublinhou Zakharova.
Relações com Turquia
Quanto à situação nas relações com a Turquia, Zakharova disse que a Turquia tenta fingir que Moscou ignora apelos ao diálogo, mas isso é um passo propagandista de Ancara. Além disso, a recusa de Ancara de reconhecer a sua culpa na morte do piloto russo e castigar os culpados não cria algumas premissas para reiniciar o diálogo bilateral.
Implementação dos acordos de Minsk
Segundo Zakharova, Kiev, com efeito, realiza uma sabotagem de acordos de Minsk. As autoridades ucranianas se reusaram a trabalhar com representantes de Donetsk e Lugansk sobre a reforma constitucional que prevê uma descentralização. Não está aprovada a lei da anistia que proíbe a perseguição das pessoas que foram envolvidas nos desenvolvimentos no leste da Ucrânia em 2014-2015. Além disso, Kiev não aspira a reconstruir as infraestruturas destruídas de Donbass.
Relações com OTAN
“Todos estes reforços de grupos da OTAN, britânicas, americanas – conseguiram proteger alguém de terrorismo? <…> Com certeza, não, porque não são capazes de fazê-lo. São somente capazes de intimidar com “uma ameaça russa” usando isso como o pretexto para aumentar orçamento militar e instalar mais e mais forças”.
Zakharova afirmou que é a hora de perceber que todos os países têm só um inimigo que é o terrorismo internacional.