Selma Irmak opinou que Erdogan aproveita o grupo terrorista como um instrumento da sua politica no Oriente Médio e, em particular, como um instrumento contra os curdos, argumentando a sua opinião por provas existentes de ligações entre a chefia turca e o Daesh.
“Erdogan usa o Estado Islâmico [também chamado de Daesh] contra curdos. Erdogan não pode diretamente enviar o exército turco para o Curdistão sírio, mas pode usar o EI como um instrumento contra os curdos… porque ele tem em mente o grande Império Otomano. Este é um dos sonhos de Erdogan,” disse.
"O Estado Islâmico nunca atacou posições turcas. E nunca assumiu a responsabilidade por atentados em cidades turcas. Houve três atentados sérios [em 2015] – em Diarbaquir, Suruc e Ancara. Em todos os atentados ficaram feridos curdos e membros da oposição que apoiam os curdos", sublinhou.
“Há muitos exemplos de que a Turquia oferece certas oportunidades ao Estado Islâmico… Todos os militantes entram e saem do EI através da Turquia", especificou.
A mesma situação favorável aos terroristas do grupo terrorista Daesh acontece também no mercado do petróleo, e o governo turco está bem informado sobre este fato.
“O Estado claramente tem conhecimento de tudo isso. Especialmente tendo em conta que tal acontece sob o controle e proteção da polícia”, divulgou Selma Irmak.
Segundo os dados do Estado-Maior da Turquia, desde meados de dezembro nos bairros onde está sendo realizada a operação antiterrorista foram eliminados 850 militantes curdos.
Por seu turno, ativistas curdos declaram que a maioria dos mortos são civis.