Opinião: ações dos EUA fazem aliados tomar passos radicais

© flickr.com / Michael BairdPentágono, sede do Departamento da Defesa norte-americano
Pentágono, sede do Departamento da Defesa norte-americano - Sputnik Brasil
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Enquanto a estratégia da Rússia no Oriente Médio é avaliada por especialistas como muito lógica, a política externa de Washington provoca medo mesmo entre os seus aliados, escrevem analistas americanos.

A respectiva opinião em relação às ações russas é expressa inclusive por aqueles que geralmente não apoiam a Rússia, informou o artigo no jornal americano Wall Street Journal.

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Os autores, o especialista da Universidade de Brooklyn Kenneth Pollack e a professora da Escola da Política e Estratégia Global na Universidade de Califórnia Barbara Walter, analisaram a política externa de Barack Obama no Oriente Médio, concluindo que esta se tornou pouco eficaz.

Segundo eles, a estratégia atual de Washington não só não dá bem, mas também faz recuar os aliados dos Estados Unidos, por exemplo, a Arábia Saudita.

É esta política, que faz os EUA tomar passos radicais, por exemplo, lembram especialistas, a execução do proeminente clérigo xiita Nimr al-Nimr e de outras 46 pessoas, pelas autoridades sauditas e a decisão de participar na guerra civil no Iêmen contra houthis (grupo militar xiita).

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Pollack e Walter sublinham que o erro principal é a atenção demasiada que Washington presta ao grupo terrorista Daesh [proibida na Rússia]. Os especialistas compararam a situação com a história de 1941 e sugeriram que seria o mesmo se foi declarada a guerra aos grupos SS, e não a Hitler ou partido nazista.

O artigo compara a estratégia americana no Oriente Médio com a russa. Os autores opinam que a Rússia "tomou a parte xiita do conflito na Síria" por via de apoiar o regime sírio e o Irã (o presidente sírio, Bashar Assad, é da família de alauites, a minoria síria que pode ser vista como uma das asas do xiismo).

Os especialistas americanos notam também que os sunitas no Oriente Médio compreendem a posição russa, especialmente em comparação com a "estratégia terrível" dos Estados Unidos.

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O artigo nota que os problemas atuais da região chegam da falha do sistema estatal no período pós-guerra. É por isso que na região começaram a desfazer-se Estados, aparecer territórios que tem nenhuma autoridade e começaram guerras civis.

E são estas guerras na região que os EUA devem acabar, segundo os autores, especialmente tendo em conta o fato que o grupo terrorista Daesh apareceu como resultado de uma destas guerras – no Iraque.

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