Lembramos que a explosão de um carro-bomba aconteceu em 17 de fevereiro às 18h21 (hora local) em um cruzamento movimentado da capital turca, não muito longe dos prédios do Parlamento, do Estado Maior do Exército, e de um bairro de residências militares. Segundo as autoridades da Turquia, a explosão aconteceu em um momento quando um comboio militar parou no sinal vermelho. Apesar da maioria das vítimas serem militares, os civis também foram atingidos. O atentado levou as vidas de 28 pessoas e feriu mais de 60.
“Na sequência da investigação realizada soube-se que em Amud não vivia e não vive nenhum membro da família Necar. Mais de que isso, ninguém com tal nome da família se aderiu às fileiras da Unidades de Proteção Popular YPG na cidade de Amud. Foram interrogados habitantes da área e nenhum deles conhece pessoa chamada Salih Necar. Amud é uma cidade pequena, aqui todos conhecem um outro…”, sublinhou Xalo.
“Nós negamos categoricamente as acusações contra nós feitas pelo premiê turco. Mesmo se houvesse alguém com nome da família Necar, ele provavelmente aderiu às fileiras da Frente al-Nusra ou Daesh. Nem as forças da autodefesa curda, nem o PYD tem a ver com a organização do atentado em Ancara e na Turquia em geral. Nós defendemos o nosso povo da ameaça do Daesh e outras organizações terroristas no nosso território”.
Mas qual é o motivo verdadeiro das acusações turcas?
“Ancara em fazer declarações do envolvimento do PYD nas explosões na Turquia tenta criar um pretexto para invadir o território de Rojava [norte da Síria, região curda], e nada mais”.
Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam as forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.