‘OTAN deve excluir Turquia da aliança por traição’

© AFP 2023 / EMMANUEL DUNANDPrimeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu e Secretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg durante a conferência de imprensa na sede da aliança, Bruxelas, Bélgica, 30 de novembro de 2015
Primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu e Secretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg durante a conferência de imprensa na sede da aliança, Bruxelas, Bélgica, 30 de novembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Países da OTAN devem considerar a lista crescente de crimes do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e decidir se precisam de tal aliado, afirmou o portal de notícias norte-americano Huffington Post.

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Há poucos anos, os membros da OTAN não podiam imaginar que um deles poderia trair os outros. A aliança não possui um mecanismo formal para excluir um país se a atuação deste estiver fora de controle. Entretanto, agora esse momento parece ter chegado. A Turquia se afastou dos seus aliados da OTAN, começando a apoiar o Daesh na sua luta contra o Ocidente.

Quando Erdogan chegou ao poder, o país fez uma viravolta dramática no sentido do autoritarismo e do conservadorismo religioso, perdeu os seus amigos e se envolveu em uma confrontação que não é capaz de terminar, inclusive a luta contra os curdos e o incidente do Su-24 russo. Ao mesmo tempo, explosões sacodem várias partes da Turquia e os inimigos se aproximam cada vez mais perto da fronteira turca.

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Entretanto, os países da aliança não devem ceder às provocações de Ancara, afirma o Huffington Post. Em vez disso, os países da OTAN devem lançar um processo para determinar se há alguma justificativa para a cooperação entre a Turquia e os terroristas do Daesh.

“O Conselho do Atlântico de Norte deve oficialmente excluir a Turquia da OTAN antes que o seu militarismo e agressão incessante envolva a comunidade internacional na terceira guerra mundial”, concluiu a publicação.

Em 24 de novembro de 2015, um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco no espaço aéreo sírio. A Rússia acusou Ancara de comprar ilegalmente petróleo a jihadistas do Daesh na Síria e transportá-lo para o outro lado da fronteira turco-síria. O Ministério da Defesa russo forneceu elementos de prova de que a Turquia compra o petróleo ilegal, incluindo imagens de caminhões-tanque perto da sua fronteira.

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