“Erdogam quer a divulgação do islamismo porque se considera um líder otomano do século XXI. Ele quer ressuscitar o Império Otomano”, disse Papadopoulos.
O seu comentário foi feito no meio de discussões sobre a intenção turca de abrir a sua segunda base na Somália que foi descrita por Papadopoulos como um criadouro do fundamentalismo islâmico e uma base de al-Qaeda.
Afirmou também que tudo o que a Turquia faz no âmbito da sua política externa recebe o apoio dos países ocidentais.
“A Turquia age com impunidade porque recebe apoio do Ocidente”, destacou Papadopoulos.
Entretanto, a Turquia repetidamente declarou que o seu objetivo principal na Somália é lutar o grupo militante Al-Shabaab de forma mais eficiente. Na opinião de Papadopoulos a Turquia envia militares ali para treinar terroristas.
A ideia de que Erdogan quer se tornar imperador do século XXI é ecoada pela deputada turca do Partido Democrático dos Povos, Selma Irmak, que disse que para implementar o seu sonho Erdogan usa os seus laços com o Daesh. Kasonta concordou dizendo que isso ajudasse restabelecer o antigo poderio do país.
O Império Otomano precedeu a Turquia moderna e cessou a sua existência sob o poder do líder nacionalista Mustafa Kemal Ataturk no início dos anos de 1920 que foi substituído pela república nacionalista secular da Turquia. Os otomanos que conquistaram a cidade antiga de Constantinopla em 1453 criaram um império que se estendia do Marrocos no leste e Eslováquia no norte abrangendo a Turquia, a península Balcânica, a maior parte do Oriente Médio e África do Norte.