Questão tórrida: Aumentar ou baixar os preços do petróleo?

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A Rússia e a Arábia Saudita procuram uma solução para o problema dos preços do petróleo, segundo um jornal libanês.

Logo após se saber da intenção do rei da Arábia Saudita de visitar a Rússia, ficou claro que nas negociações com o presidente Putin, além da questão da resolução síria, seria tratada a questão dos preços mundiais do petróleo.

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No início da semana em curso, chegaram novas notícias: a produção de petróleo de xisto nos EUA, que se tornou a principal razão da queda dos preços do petróleo, enfrenta problemas sérios. A sua produção, que atingira 3,5-4 milhões de barris por dia em 2015, diminuiu para 700 mil barris. Esta tendência mostra que, no ano corrente, os volumes continuarão diminuindo, nota um artigo no jornal libanês An Nahar.

A publicação apontou três razões para tal previsão. A primeira está ligada aos custos de produção do petróleo de xisto nas principais regiões onde é explorado. Nas regiões mais produtivas, o preço é de 42-50 dólares por barril, mas, na segunda região quanto aos volumes de reserva deste tipo de combustível, o preço já atinge 70-80 dólares por barril.

A segunda razão é o fato de que a produção de petróleo de xisto na maioria dos poços exige a compensação de despesas de cerca de 30% por ano, destaca o artigo. Tinha sido previsto que a produtividade dos poços aumentaria, mas, em 2015, 30% das plataformas de perfuração deixaram de funcionar.

Esta redução levou a outra – a do número de funcionários, o que claramente levou à diminuição da produção.

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E a terceira razão mencionada (e pouco falada até agora) é que as empresas de produção de petróleo e gás de xisto têm grandes dívidas. O montante total destas atinge 1,2 trilhões de dólares. 

Quer dizer, não é só o setor petrolífero, mas também o bancário que serão afetados com a situação. Pode-se mesmo dizer que o efeito negativo já é visível: o presidente de uma das empresas do setor com grandes dívidas se suicidou após anunciar a falência da sua empresa.

Se os preços continuarem no mesmo nível, os EUA podem enfrentar uma crise financeira. Nos países produtores de petróleo, tais como a Arábia Saudita e a Rússia, a queda de preços levou à diminuição dos lucros; mesmo tendo em conta que estes países produzem e exportam muito, eles precisam também de bastante combustível para o mercado interno – cerca de 15 milhões de barris por dia, o que representa 16% do consumo mundial. 

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Nesta situação, cerca de um mês atrás, a Rússia, junto com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e vários outros países, tomaram a decisão sobre o congelamento dos volumes de produção de petróleo no nível de 11 de janeiro de 2016. Caso os preços continuem neste nível, os lucros da Rússia e Arábia Saudita aumentarão e atingirão 180 milhões de dólares por um dia.

A decisão foi tomada tendo em conta o excesso de oferta de petróleo no mercado que, de acordo com a OPEP, em 2015 constituía cerca de 2 milhões de barris por dia.

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