Logo após se saber da intenção do rei da Arábia Saudita de visitar a Rússia, ficou claro que nas negociações com o presidente Putin, além da questão da resolução síria, seria tratada a questão dos preços mundiais do petróleo.
A publicação apontou três razões para tal previsão. A primeira está ligada aos custos de produção do petróleo de xisto nas principais regiões onde é explorado. Nas regiões mais produtivas, o preço é de 42-50 dólares por barril, mas, na segunda região quanto aos volumes de reserva deste tipo de combustível, o preço já atinge 70-80 dólares por barril.
A segunda razão é o fato de que a produção de petróleo de xisto na maioria dos poços exige a compensação de despesas de cerca de 30% por ano, destaca o artigo. Tinha sido previsto que a produtividade dos poços aumentaria, mas, em 2015, 30% das plataformas de perfuração deixaram de funcionar.
Esta redução levou a outra – a do número de funcionários, o que claramente levou à diminuição da produção.
Quer dizer, não é só o setor petrolífero, mas também o bancário que serão afetados com a situação. Pode-se mesmo dizer que o efeito negativo já é visível: o presidente de uma das empresas do setor com grandes dívidas se suicidou após anunciar a falência da sua empresa.
Se os preços continuarem no mesmo nível, os EUA podem enfrentar uma crise financeira. Nos países produtores de petróleo, tais como a Arábia Saudita e a Rússia, a queda de preços levou à diminuição dos lucros; mesmo tendo em conta que estes países produzem e exportam muito, eles precisam também de bastante combustível para o mercado interno – cerca de 15 milhões de barris por dia, o que representa 16% do consumo mundial.
A decisão foi tomada tendo em conta o excesso de oferta de petróleo no mercado que, de acordo com a OPEP, em 2015 constituía cerca de 2 milhões de barris por dia.