Em abril, a Aliança Atlântica comemorará o seu 67º aniversário da sua fundação.
“A criação da OTAN em 1949 marcou o afastamento da América da sua política tradicional de não participação em alianças estrangeiras e a recusa da retórica de intervenção,” notou o autor.
A política de não intervenção foi seriamente minada pela participação nas duas guerras mundiais durante a vida de uma geração e, especialmente, o ataque a Pearl Harbor, nota. Na altura, a decisão de criação da OTAN, “que se tornou uma aliança dura com as potências europeias”, nas palavras de Carpenter, mostrou de que forma a posição de Washington mudou.
Mas, no mundo de hoje, a situação na segurança mundial mudou seriamente, explicou o especialista americano, falando primeiramente do ponto de vista dos EUA e pondo em questão a necessidade de fazer parte da aliança.
A segunda razão tem a ver com a questão da segurança europeia e o equilíbrio de poder em geral, que mudou significativamente durante os anos de existência da aliança e da participação americana nesta.
Nas primeiras décadas de existência da Aliança Atlântica, o objetivo de Washington era claro – garantir a segurança dos países mais importantes, tais como a Alemanha Ocidental, Itália, França e Reino Unido. Mas, com a dissolução da União Soviética em 1991, as autoridades americanas começaram a ampliar a Aliança por via de integração de novos países da Europa Central e mesmo da Europa de Leste.
“A política americana na OTAN carece cada vez mais de racionalidade e eficiência. Já é mais do que tempo de realizar uma análise multilateral desta política e considerar a variante mais radical: a saída dos EUA da Aliança Atlântica”, notou.
Para concluir, o autor nota que lhe parece que os apoiantes da OTAN não compreendem a importância de mudanças nas relações internacionais e na atual situação política. Para eles, a prioridade maior é a conservação da aliança e não a segurança e a prosperidade da América. De acordo com o especialista, está na hora de reconsiderar as suas posições, políticas e, claro, os gastos militares.